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Jun 26, 2023

Júri federal concede US$ 23,8 milhões à mãe de homem baleado pelo LAPD

A mãe de um veterano da Marinha de 32 anos que foi morto a tiros por dois policiais de Los Angeles enquanto segurava uma barra de metal que foi confundida com um facão deveria receber US$ 23,8 milhões de indenização,

A mãe de um veterano da Marinha de 32 anos que foi morto a tiros por dois policiais de Los Angeles enquanto segurava uma barra de metal que foi confundida com um facão deveria receber US$ 23,8 milhões em indenização, concluiu um júri federal, entregando um dos maiores pagamentos já concedido em um caso envolvendo um tiroteio no LAPD.

O júri decidiu por unanimidade na sexta-feira que os policiais Fred Sigman e Christopher Montague usaram força excessiva e irracional ao atirar em Jesse Murillo. A procuradoria da cidade de Los Angeles provavelmente irá apelar do veredicto, embora nenhuma decisão oficial tenha sido tomada ainda.

Os policiais atiraram em Murillo várias vezes enquanto ele corria após uma resposta da polícia a uma ligação para o 911 sobre um distúrbio familiar em uma casa em Canoga Park em 23 de dezembro de 2017.

“Estou muito satisfeito com o veredicto e grato ao júri por ter tido a coragem de anunciar em audiência pública que os policiais usaram força excessiva e irracional e conceder uma indenização justa por danos, mostrando o valor da vida humana”, disse Dale K. Galipo. , um proeminente advogado de direitos civis que já garantiu outros veredictos multimilionários em tiroteios policiais.

O veredicto do júri contrasta com uma decisão emitida em 2020 pelo gabinete do procurador distrital de Los Angeles que considerou o tiroteio legal, bem como com uma determinação da Comissão de Polícia de que o uso de força letal estava dentro da política do LAPD.

A polícia foi à casa de Murillo em Canoga Park por volta das 19h15, dois dias antes do Natal, em resposta a uma denúncia de que ele estava envolvido em uma altercação física com sua irmã e havia dado uma chave de braço no noivo dela.

Sigman e Montague responderam à área depois que um colega que chegou primeiro ao local relatou: “O policial precisa de ajuda. Homem armado com facão”, após ver o que ele acreditava ser Murillo com facão e martelo, usando máscara de gás. Evidências posteriores mostrariam que nada disso estava correto – ele estava segurando uma barra de tração de 16,5 polegadas.

Sigman e Montague afirmaram que atiraram em Murillo porque acreditavam que ele estava correndo em sua direção enquanto segurava um martelo na mão direita e o que eles acreditavam ser um facão na mão esquerda, fazendo com que temessem por suas vidas, segundo o distrito. revisão do escritório do advogado.

No local, na Strathern Street, a oeste da Avenida Desoto, a polícia encontrou um martelo no bolso de Murillo e a barra de puxar ao lado de seu corpo.

Segundo o advogado que abriu o caso, Murillo tentou fugir ao ver a viatura policial de Sigman e Montague na rua no final do beco, fazendo uma curva acentuada à esquerda e seguindo para o leste na calçada.

Galipo disse que Sigman e Montague dispararam sete tiros contra Murillo da rua, sem lhe dar aviso adequado ou tempo para obedecer. Quatro desses tiros atingiram Murillo, segundo Galipo, que disse ter apresentado provas no julgamento que mostravam que a trajetória dos tiros indicava que Murillo não estava correndo diretamente para os policiais, mas para longe deles quando foi atingido.

Pelo menos um dos tiros foi disparado quando Murillo caía no chão, Galipo mostrou aos jurados do julgamento, usando o vídeo do incidente e uma análise da trajetória dos projéteis. Algumas das balas perdidas dos policiais atingiram uma garagem próxima, um caminhão e uma cerca.

De acordo com o relato do promotor público sobre o encontro mortal, Murillo estava a cerca de 15 metros de Sigman quando correu em sua direção enquanto segurava a barra de tração acima de sua cabeça. Sigman disse que gritou: “Ei, pare!” e disparou o primeiro tiro quando Murillo chegou a cerca de 7 metros.

Sigman disparou cinco tiros com sua pistola 9 milímetros e Montague disparou dois tiros com sua pistola calibre .45. Enquanto disparavam, Murillo correu “no sentido leste ao longo da calçada adjacente ao carro da polícia antes de cair no chão”, afirmou o gabinete do promotor público.

Ao concluir que os policiais agiram legalmente no tiroteio, um vice-procurador distrital em 2018 descobriu que Murillo correu em direção a Sigman, mas depois mudou de rumo – uma ligeira mudança de direção em um incidente em rápida evolução que ainda justificava o tiroteio como legítima defesa, uma vez que foi Era razoável acreditar que Murillo tinha um facão devido à chamada de rádio do outro policial e porque a barra de tração teria causado ferimentos graves.